Maré Vermelha !
Tem sido este o meu lugar.
Podem me procurar.
Aqui como quase ondas, permaneço.
Sento na areia.
Escondida na multidão.
Só, solta, sentindo.
É vento, é feroz.
É chuva, é tumulto.
É grito, é batida.
Escrevo em pensamentos impróprios.
Jogo minha rede em água impura.
E é gente em volta disso tudo.
Lânguida, lavada, encharcada.
Com os pés sujos.
Com a alma salgada.
Não é lama.
Não é areia,
Não é lixo.
Escondo meus pés no que parece sujeira ...
Lavo meu tempo e me despeço nos devaneios
É maré vermelha !
mona lisa budel
verão de 2006 - nas algas da maré vermelha